quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Exposição Quintanares

O Mapa

Olho o mapa da cidade 
Como quem examinasse 
A anatomia de um corpo... 

(É nem que fosse o meu corpo!) 

Sinto uma dor infinita 
Das ruas de Porto Alegre 
Onde jamais passarei... 

Há tanta esquina esquisita, 
Tanta nuança de paredes, 
Há tanta moça bonita 
Nas ruas que não andei 
(E há uma rua encantada 
Que nem em sonhos sonhei...) 

Quando eu for, um dia desses, 
Poeira ou folha levada 
No vento da madrugada, 
Serei um pouco do nada 
Invisível, delicioso 

Que faz com que o teu ar 
Pareça mais um olhar, 
Suave mistério amoroso, 
Cidade de meu andar 
(Deste já tão longo andar!) 

E talvez de meu repouso... 

O trabalho iniciou com o olhar sobre a obra "O Mapa ", do poeta Mario Quintana.  Estendeu-se em uma visita dos alunos, professores, "pibidianos",  até o ambiente do poema, isto é, Porto Alegre. 
Na adequação dos elementos que compõem o texto, fica  fácil  para o aluno perceber o que o escritor desejava passar: o grande amor por essa cidade de Porto Alegre. Interessante destacar que, pareceu-me, que o cupido do amor lança sua seta a quem nela chegar. Os Pelotenses Kleiton e Kledir que o digam ao escrever seus versos de amor com letra e melodia direcionada a cidade amada.

Deu pra ti
Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau!

Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e bah! Tri legal
Coisas de magia, sei lá
Paralelo 30

Alô tchurma do Bonfim
As gurias tão tri afim
Garopaba ou Bar João
Bela dona e chimarrão

Que saudade da Redenção
Do Fogaça e do Falcão
Cobertor de orelha pro frio
E a galera do Beira-Rio

Fora tantos outros escritores, jornalistas, moradores e admiradores anônimos do "Porto Alegre -Bah- tri- tchê!!" , faltando aqui, linha e espaço para destacá-los.

Os alunos extasiados com a cidade, os prédios, a Casa de Cultura Mario Quintana e a Feira do Livro, exclamam para si, colegas e professores: 

_"Então é aqui que ele morava!"
_"Que Casa grande e bonita!"
_ "Agora percebo melhor seus textos e o que queria dizer."
_ "O poeta deve sentir saudade...eu vou sentir também de Porto Alegre..."

Diria uma "pibidiana":
 _Boa sacada professor, o "Quintanares" é uma bênção!
_ O que responderia o professor: Amém!!

Dias depois,  em sala de aula, o professor dá aviso:
_ Tragam uma folha A3 de desenho, uma das fotos impressa, que  fizeram em seus celulares em visita a Porto Alegre, porque na próxima aula quero ver o talento literário de cada participante da visita que fizemos semana passada.

Os alunos, entusiasmados com o que viram e aprenderam no passeio cultural, põe-se a escrever o que havia em suas mentes e corações,  repletos de sentimentos secretos de amor, pois o cupido não dormita em serviço.










Ah...Porto Alegre de Mario Quintana é de mais!!



0 comentários:

Postar um comentário