sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A poesia de 30, João Cabral de Melo Neto e o encerramento das atividades

    Ainda na sexta-feira, 22/12/2017, além do conto "A Cartomante", o grupo do PIBID realizou outras atividades com os alunos da escola. Para a turma de 3º ano, havia sido solicitada, na semana passada, uma apresentação sobre alguns dos principais poetas característicos da "Poesia de 30", ou seja, da segunda geração do modernismo. Cada grupo sorteou e ficou responsável por abordar um dos autores, que eram: Cecília Meireles, Mário Quintana, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes. Os grupos deveriam contemplar, em suas apresentações, os seguintes aspectos: características da poesia de 30 e suas relações com o autor, breve biografia, os principais poemas e marcas do autor e uma seleção de poemas a ser apresentada de forma criativa/inovadora. A atividade foi um sucesso, pois os grupos mostraram-se bem engajados, além de serem críticos sobre a análise solicitada e extremamente criativos na apresentação dos poemas. Entre as propostas de inovação, houve, por exemplo, poemas de Mário Quintana apresentados como música, no ritmo de funk, poemas de Vinícius de Moraes apresentados em forma de encenação (com gestos, sem voz, relacionando o texto com os ciclos da vida) e poemas de Cecília Meireles mesclados com a música "Sozinho" de Caetano Veloso. 
      Por fim, com o objetivo de abordar com os alunos a possível finalização das atividades do PIBID na escola Engenheiro Inácio Cristiano Plangg, em função do encerramento do edital vigente, foi realizada uma atividade de "despedida", através da leitura de trechos da obra "Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto, com a posterior discussão sobre a importância do Rio Capibaribe no texto, sobre como pode-se conceituar uma vida severina, sobre as diferenças culturais, sociais e regionais e também sobre as realidades de vida e projeções futuras. Nessa atividade os alunos também demonstraram-se engajados e, em certa medida, gratos pela presença dos projetos do PIBID em sua trajetória escolar. Dessa forma, pelo mês de Dezembro, o PIBID encerra "com chave de ouro" suas atividades na escola. 









A Cartomante (Machado de Assis)

       Nesta sexta-feira, 22/12/2017, com o intuito de promover o interesse pela leitura de Machado de Assis, os pibidianos realizaram atividades com os 2ºs anos do Ensino Médio, alusivas ao conto "A Cartomante". Na semana anterior, ao planejar a atividade, o grupo discutiu sobre o desafio de trabalhar, na educação básica, a leitura desse cânone da literatura brasileira que, durante sua trajetória, nos agraciou com obras tão ricas, quanto complexas. 
     Justamente, considerando essa complexidade, surgiu a dúvida de como motivar os alunos desse nível de ensino para, além de realizar a leitura da obra do autor e conseguir compreendê-la em sua totalidade, conseguir interpretar algumas minúcias e marcas linguísticas do texto, situados em relação ao tempo em que se passa a narrativa, os cenários e os personagens. A partir disso, surgiu a ideia de trazer uma "cartomante" até eles, para realizar a motivação para leitura, mas também para ambientá-los sobre alguns aspectos fundamentais para compreender a narrativa, como a curiosidade em saber questões do futuro, o medo das incertezas e o mistério das relações humanas. 
     A pibidiana Letícia, desempenhando o papel de cartomante, fez o "atendimento" aos alunos, interpretando as cartas sorteadas por eles e dando aconselhamentos. Em seguida, foram conduzidas discussões sobre como eles se sentiram, se acreditavam ou não, por exemplo, em previsões. Por fim, o conto "A cartomante" foi lido coletivamente, com pausas para discussões de pontos importantes do texto. 
       A atividade foi um sucesso: os alunos participaram com empolgação, tanto nas consultas, quanto na leitura e discussão do texto. As discussões e exploração do texto continuarão nas próximas aulas, mas a repercussão das atividades desse primeiro dia já foi muito grande, chegando a haver visitas" de alunos de outras turmas, curiosos para "se consultar", para entender como estava ocorrendo a atividade e para saber o desfecho do conto. Por isso, a atividade foi considerada pelo grupo PIBID como extremamente satisfatória, concluindo que o objetivo principal, que era despertar interesse na leitura de Machado de Assis, foi atingida. 







sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Machado de Assis

No dia 22/12 os pibidianos planejam realizar uma motivação para a leitura do conto A Cartomante, de Machado de Assis.
Também será a despedida dos pibidianos do ano letivo no Plangg.


Poesia de 30

No dia 15/12, os pibidianos organizaram um debate com os alunos sobre Dom Casmurro com o foco na suposta traição de Capitu.
Na primeira turma de segundo ano que o debate foi realizado, os pibidianos se dividiram para cada um dar seus pontos de vista se a Capitu traiu o Bentinho ou não.
Já na segunda turma, os pibidianos, primeiramente, apresentaram a história de Bentinho e Capitu para, em seguida, dividir a turma em quem pensava que Bentinho foi traído ou não. Nessa discussão, eram os alunos que teriam de organizar argumentos e apresentar ao outro grupo em frente a uma pessoa neutra na discussão para escolher a equipe que melhor argumentou e defendeu melhor seu ponto de vista sobre a discussão.
Com a turma de terceiro ano, os pibidianos fizeram junto com o professor uma divisão da turma em duplas e trios para pesquisarem sobre autores como: Carlos Drummond de Andrade; Cecília Meireles; Murilo Mendes; Vinicius de Moraes e Mário Quintana. Os alunos tiveram de escolher poemas e decidir uma forma de apresentação sobre os autores.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

"Santa Fé: A cidade que nos representa" Uma história e a Inauguração da cidade





 





Ao longo do ano de 2017, o grupo PIBID/Unisinos desenvolveu um projeto que buscava ligar os alunos as suas raízes por intermédio da mais aclamada obra literária já produzida em solo gaúcho: O tempo de o vento, de Erico Veríssimo. Desde sua fase inicial, quando ainda era planejado pelos membros do grupo, o projeto já se mostrava diferente: Era ambicioso, robusto e demonstrava que exigiria o máximo de cada um que aceitasse fazer parte desta empreitada.

Ao nascer da ideia que viria a se tornar o projeto "Santa Fé: A cidade que nos representa", uma pergunta percorreu a mente dos pibidianos: Como trabalhar uma obra que contem sete livros e mais de duzentos anos de história em um período tão curto de tempo? Será possível fazer isso sem que boa parte do conteúdo se perca e o projeto torne-se apenas uma introdução ao universo literário de Veríssimo? Foi então que surgiu a ideia de fazer diferentes módulos para abordar diferentes temas presentes na obra, sempre trazendo-os para o presente e o fazendo de maneira que eles pareçam relacionáveis a realidade dos estudantes.

Enquanto o grupo PIBID/Unisinos procurava ideias para os módulos, algumas parcerias, que podem ser consideradas improváveis por muitos, foram acontecendo. O grupo uniu-se a dois professores de matemática para que fosse possível a construção da cidade cenográfica de Santa Fé na forma de maquetes. Um professor de história foi convocado para dar contexto histórico para a obra, de forma que ela pudesse ser mais facilmente localizada no espaço-tempo. Uma professora de biologia trouxe os seus conhecimentos para auxiliar o grupo a falar sobre os ricos biomas do Rio Grande do Sul e os traços, tanto físicos como psicológicos, que assim como o emblemático punhal de prata, são passados de geração em geração na família Terra-Cambará.

Agora com ajuda especializada em diferentes áreas, os pibidianos puderam começar a dividir o projeto em módulos sobre diferentes momentos da obra. Os temas abordados com turmas do ensino médio e do fundamental. Estes temas variaram entre a religiosidade do povo gaúcho, representada no personagem Pedro Missioneiro, até a vinda de imigrantes de origem alemã para o Brasil, que se apresenta na obra através da personagem Helga Kuhn, amante de Rodrigo Cambará. A falta de representatividade do negro na cultura gaúcha também foi abordada, assim como o poder das mulheres na obra e as várias revoluções que aconteceram no Rio Grande do Sul e no Brasil e aparecem em O tempo e o vento. Entre outros diversos temas. Uma vez que os módulos foram apresentados para os alunos, foi pedida uma pesquisa mais específica dentro de cada tema, sendo que os estudantes dividiram-se em grupos de até quatro para cumprirem as tarefas. As pesquisas deveriam conter um trabalho escrito dentro dos padrões da ABNT e uma apresentação para os demais alunos da escola.

Por se tratar de um projeto diferente, que buscava envolver os estudantes de diferentes formas, uma gincana tratando sobre a obra foi organizada. Cada equipe participante recebia o nome de algum personagem de O tempo e o vento e um líder era nomeado entre eles. É importante ressaltar que as equipes foram escolhidas via sorteio, sendo assim, vários alunos que não tinham contato uns com os outros, tornaram-se companheiros por uma semana. Durante a gincana, o empenho dos alunos foi espetacular. Eles participaram das atividades e fizeram jus ao nome que cada equipe carregava, mostrando muita garra em busca da vitória. No final, a equipe Pedro Missioneiro sagrou-se campeã.

Durante todos os processos que compuseram o projeto "Santa Fé: A cidade que nos representa", o único que se manteve em andamento, desde o primeiro dia até o último, foi a construção das maquetes da cidade cenográfica. A montagem das casas contou com a participação tanto do ensino médio quanto do fundamental e foi o ponto mais positivo do projeto, uma vez que os estudantes demonstraram muito empenho e capricho, construindo maquetes incrivelmente belas e parecidas com as casas originais.

Construídas as casas, era hora de inaugurar a cidade de Santa Fé. Os membros do grupo PIBID/Plangg programaram uma grande inauguração, que foi realizada depois da apresentação dos resultados das pesquisas pedidas aos alunos. O evento contou com a exibição de um pequeno documentário sobre O tempo e o vento e seu autor, Erico Veríssimo. Depois, foi cortada a faixa da cidade, que estava agora, oficialmente inaugurada.

Entre autos e baixos, o projeto foi um sucesso. Ao longo dos meses, foi possível perceber como os alunos mostraram-se mais ambientados com a narrativa e bastante interessados pela obra. Houveram sim momentos de dificuldade, mas estes momentos foram apenas contratempos que estão presentes dentro de qualquer grande projeto. E este foi sim um grande projeto. Não apenas por envolver diferentes áreas em em trabalho interdisciplinar de longo prazo, mas principalmente por ter sido capaz de tocar as mais profundas raízes do que é ser gaúcho e mostrar aos estudantes que a obra de Veríssimo é muito mais do que um simples romance histórico: É o retrato de uma família, de um povo e de uma identidade. É como o presente do século XX olhava para o passado e via lá, a sua história, como ainda é vista hoje, pelo século XXI.



























 

 


















sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Dia 1/12 o grupo PIBID colocou em prática a gincana que organizaram.


 Umas das atividades propostas era dois membros de cada equipe virem pilchados.







As cinco turmas foram divididas em seis equipes aleatoriamente e depois separadas em três grupos de dois para ocorrerem as atividades propostas por ter pouco tempo e poucas pessoas para acompanharem os alunos.


Os alunos tiveram de achar lugares do Tempo e o Vento em um mapa do Rio Grande do Sul e uma planta baixa da cidade de Santa Fé.


Outra atividade era um quiz relacionado as Sesmarias que era de múltipla-escolha.


Quando todas as atividades foram realizadas dentro das salas de aula, os grupos foram divididos em duas equipes para ocorrer duas rodadas de uma caça ao tesouro.
Na caça ao tesouro os alunos deviam desvendar enigmas para encontrarem lugares dentro da escola até que terminassem e, por fim, se reunissem com os outros dentro da sala de vídeo, que foi denominado como ponto de encontro.
A revelação dos ganhadores da gincana será feita no dia 8/12 para poder ter tempo de ser feita a contagem de pontos das atividades mais complexas.