sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Saída de Campo: Projeto Jacobina

       O projeto Jacobina  partiu da literatura com a leitura do livro Videiras de Cristal. A turma escolhida para desenvolver a prospota foi um segundo ano de ensino médio. A prof Elisabeth deu aulas de história que deram a obra lida um embaseamento histórico. Após isso, elaboramos o jogo cooperativo com trechos do livro e recontamos em ordem cronológica a narrativa de Assis Brasil. Posteriormente, envolvendo geografia, português, literatura, artes e letramento digital construímos o trabalho dos infográficos, que tratara dos seguintes temas: imigração alemã, desenvolvimento da região do Vale dos Sinos, desconhecimento da história regional, fanatismo religioso e a violência contra a mulher. Após a pesquisa desses assuntos a proposta foi elaborar um vídeo pesquisae apresentar a escola.
       Como fechamento desse grande projeto visitamos Sapiranga e seguimos os Caminhos de Jacobina. Visitamos o Museu de Sapiranga, em que tivemos a oportunidade de ouvir a historiadora relatar a vida de Jacobina e seu surgimento. Fomos até o Cemitério do Amaral Ribeiro, em que observamos os túmulos de quatro colonos alemães mortos no conflito com os Mucker, na década de 1870. Depois seguimos para a estátua do General Genuíno Sampaio, erguida por colonos da localidade do Ferrabraz próximo à residência onde teria morado Jacobina Mentz Maurer. O local foi marcado pelas duas últimas batalhas entre tropas do Exército e Mucker. O coronel Genuíno Sampaio (que acabou morto em meio aos combates) liderava as tropas que lutaram contra o grupo de Jacobina.E finalmente,  a Cruz de Jacobina, onde ela e alguns dos seus seguidores teriam buscado abrigo para fugir do confronto com as tropas militares..
      A depredação do patrimônio público foi decepcionante durante a saída de campo. Os alunos observaram os monumentos pichados, as placas quebradas e até mesmo as vias (   que são de difícil acesso). Com isso, percebemos o sentimento de descaso, tanto da entidades governamentais, quanto das pessoas da cidade com os pontos turísticos. Nós não sabemos valorizar o que é patrimônio da nossa história e a escola tem esse papel social de ensinar a apreciar a nossa região e cultura se preocupar com o real motivo do jovem depredar, a origem desse vandalismo. Aproveitamos essa situação para reforçar a importancia de cuidarmos do que nos deu origem e também é nosso. O grande desafio da escola, das família e do ser humano é o de promover a mudança do sistema de valores que atualmente determina as nossas vidas  e chegar-se a um sistema digno para a espécie humana e para a sustentabilidade ecológica, não apenas ecologicamente para natureza, mas para nossa história. Precisamos manter viva a nossa origem, saber de onde viemos, o que fizemos, para descobrir quem somos.  

    Cabe a nós educadores estimular e promover uma vivência mais cuidadosa com o que temos da nossa história. A Escola é um lugar fundamental para construção e reflexão sobre o sentido do pertencimento, quer dizer, ter uma identidade, partilhar de um modelo que reúna ética, moral, afetividade, conhecimento e cultura. 



















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